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TIPOS DE VALUATIONS E COMO USAR.



Não sei se é sorte (cabe uma risada aqui), ou se todos os valuations que elaboramos resultaram em negócios. Comecei a estudar sobre valuation de empresas em 2009 por uma curiosidade.

Em 2009 estava iniciando projetos de M&A e JV entre empresas Chinesas e empresas Brasileiras. Ainda não tinha muita idéia de como fazer um valuation exatamente, comecei a estudar o assunto então. Fiz alguns cursos a respeito, tendo como por base o curso de análise de viabilidade financeira que fiz na FGV, depois fiz um semestre do Aswath Damodara, professor da Universidade de Nova York e li alguns de seus papers obre “Young Companies” e segui estudando materiais desde de ABNT, laudos de outras firmas.

Em 2011 até 2015 fiz algumas defesas para Buyer side, e depois comecei a elaborar estudos para o seller side, desde de então venho me aprofundando nas diversas técnicas que vale a pena comentar:

FCLD - Fluxo de Caixa Livre Descontado – Onde projetamos o fluxo de caixa livre da empresa baseado em premissas que precisam se defendidas e trazemos o valor do FCLD ao valor presente descontando o WAAC – O Custo médio ponderado do Capital

WACC = (Ke x We) + (Kd x Wd)

em que:

  • Kd é o custo do capital de terceiros (fontes externas);

  • Ke é o custo do capiral própio (fontes internas);

  • We é a proporção de capital próprio no total do endividamento;

  • Wd é a proporção de capital de terceiros no total do endividamento.


Parece fácil né... Mas não é só isso. É necessário entender algumas coisas por trás disso:


Tempo de Projeção do Fluxo de Caixa:

  • Para empresas de Tecnologia 3 anos devido ao ciclo de deterioração e inovação tecnológica.

  • Para empresas conservadoras 5 anos:

  • Para Concessões e Mineradoras está ligado ao tempo de exploração:

E quais taxas usar para calcular o custo do capital próprio?

Ke = Rf + ß[Rm-Rf]

Onde:

Ke = Custo de Capital próprio:

Rf = Taxa de juro livre de risco (TR ou LCD)

ß= Coeficiente beta da ação*

Rm = Retorno da Carteira de Mercado (IBOVESPA)

Rm-Rf = Prêmio pelo Risco de Mercado:

ßx(Rm-Rf) = Prêmio pelo Risco ativo:

➝ ß = O que é o índice beta? O índice beta é uma medida de risco e retorno de um determinado ativo, em relação ao mercado como um todo. Assim, pode ser uma medida do risco que um ativo apresenta quando o mercado financeiro é impactado por determinada condição, como uma crise global.


 

Mas têm mais detalhes ainda, qual índice de mercado usar? De qual período?

Eu particularmente uso um índice que representa a atual tendência de mercado, mas em anos que o mercado sofre oscilações foram de um comportamento normal ou se descarta anos atípicos para gerar uma média ou usa-se de base um período mais longo. Ou os dois o período longo tirando anos atípicos do cálculo.

Faço essa análise de acordo com a empresa e seu setor, se a empresa têm uma longa história e seu setor é um setor conservador um índice de longo prazo pode fazer mais sentido no caso de empresas mais novas um período mais curto faria mais sentido.

Isso são alguns detalhes que exige estudo e conhecimento mais aprofundado, existe ainda descontos a serem aplicados pelo tamanho da empresa, dependência dos sócios ou outros que precisam ser estudados no valuation.

Quanto ao valuation por EBITIDA esse é mais fácil mas ao mesmo tempo exige certas análises, e uma delas é quando usar o Múltiplo de EBITIDA.

O múltiplo de EBITIDA considera o resultado operacional de uma empresa e quantas vezes o mercado têm pago por empresas similares no mercado. Para o mercado privado de pequenas e médias empresas faz sentido usar um múltiplo de EBITIDA pois faz referência ao que o próprio mercado do setor têm pago em empresas similares, diferente do FCLD que considera o valor em cima do custo oportunidade ao descontar o custo médio do capital no tempo e trazer para valor presente os ganhos financeiros de uma empresa.

Múltiplo de Receita pode ser usado também no caso de empresas que possuem custos e despesas insignificantes em uma negociação onde custos e despesas serão absorvidas pelo comprador e sua estrutura.

Outra análise é a do Post Money ou Pre Money – Avaliar a empresa depois do cpaital investido pode fazer mais sentidos para projetos em suas fases iniciais (green e brown field, onde o potencial não está em seu estado atual hoje e sim no seu estado de crescimento depois de receber capital. Pode ser feito as duas análises, antes e depois da entrada do recurso para se entender qual o ganho de valo potencial que a empresa terá com a entrada de um capital externo e o quê ela teria com capital próprio.


E o mais importante são premissas entre elas:

  • Projeção do crescimento de vendas da empresa:

  • Projeção de aumento de custos:

  • Projeção de taxas de desconto:

  • Demais dados projetados:

Variáveis aplicadas nas projeções da empresa precisam ser bem justificadas com dados da própria empresa e externos (mercado e outras empresas do seguimento). Essa justificativa pode ser o grande diferencial de um valuation.


Com os diversos conhecimentos acima e realizando valuations de pequenas empresas, minas de ouro, mina de água, concessões, comércios atacadistas, varejistas, indústrias e startups consegui obter sucesso nos projetos que participei.

Temos hoje uma área preparada para realizar Due Dilligences, Valuations, Atuar como Financial Advisor intermediando negociações. Atuamos com diversos escritórios de advocacia parceiros e bancos de investimento. Se te interessa saber mais, ou realizar parcerias com nossa empresa e nossos serviços de M&A, JV, gestão de empresas adquiridas e controladoria das mesmas, visite nosso site www.airbpo.com.br e entre em contato.


Um grande abraço, Jean Apolidorio

CEO - AIRBPO






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